top of page

Biodigestor HomeBiogas transforma escola municipal em Magé (RJ)


Descubra como o sistema do biodigestor HomeBiogas está revolucionando a sustentabilidade na escola municipal em Magé, Rio de Janeiro.



Biodigestor HomeBiogas sendo alimentado por resíduos orgânicos para fazer sua gestão correta e gera gás para cozinhar e biofertilizante para plantar


Estamos muito animados em compartilhar uma notícia incrível! A Folha de São Paulo publicou uma matéria destacando nossa instalação do biodigestor HomeBiogas em uma escola municipal em Magé, RJ. A Escola Ciep 441 - Mané Garrincha está transformando restos de comida em biogás para cozinhar e biofertilizante para sua horta, promovendo um ciclo completo de consumo sustentável.


Este projeto, realizado em colaboração com a UFRJ, é um exemplo brilhante de como a sustentabilidade pode ser integrada à educação, beneficiando alunos, professores e a comunidade local.


Vamos mais a fundo nessa história sustentável e ver como o biodigestor HomeBiogas está fazendo a diferença!




Leia a matéria na íntegra:


Imagina se as sobras do que você come se transformassem magicamente em energia para a sua própria produção de novos alimentos. Sem mágica, esse ciclo é uma realidade no Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) 441 - Mané Garrincha, em Magé (RJ), na Baixada Fluminense.


A escola instalou um biodigestor que transforma restos de comida, que iriam para o lixo, em fonte de energia limpa. Com o equipamento, a unidade de ensino pode reaproveitar mais de uma tonelada e meia de resíduos orgânicos durante o ano, para gerar gás de cozinha, o biogás.


Além disso, o mesmo lixo vira um biofertilizante, que é utilizado para irrigar a horta do colégio produzindo a própria merenda dos alunos e impulsionando um ciclo completo de consumo sustentável dentro da comunidade escolar.


O biodigestor faz parte do projeto Vamos Dar um Gás, realizado em colaboração com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ele foi instalado em fevereiro e ligado pela primeira vez em abril.


Professora da Escola Politécnica da UFRJ e coordenadora do projeto, Mônica Pertel disse que a ideia é levar mais sustentabilidade para essa escola que já é exemplo no tema. "Estamos colaborando com o efeito estufa, afastando o resíduo do aterro e transformando em gás que vai para a cozinha, onde é preparada a merenda dos estudantes", explica.


"Também é uma forma de você já inserir a pesquisa e aproximar os alunos da universidade e trazer mais sustentabilidade para a escola e para o bairro, porque a ideia é ampliar o projeto saindo do colégio para as casas", completa.


Para o diretor-adjunto da unidade, professor Sidney Cardoso, as ações sustentáveis no Ciep Mané Garrincha são desenvolvidas para serem replicadas.


"As práticas sempre são pensadas para serem colocadas aqui e reproduzidas em outro lugar. É o que dá sentido a tudo que fazemos. Não é para ficar só para a gente", diz.


Por isso, segundo ele, o aluno é o ator de todo o processo sustentável da escola. "Ele é responsável pelo descarte do próprio lixo, do reaproveitamento desse resíduo, e, no fim, ele colhe os frutos, literalmente, que esse comportamento traz", afirma Cardoso, em referência aos 4.000 pés de hortaliças plantadas em 2023. Neste ano, foram 1.200. Segundo o docente, todo o alimento é consumido pelos estudantes.


São os próprios alunos que alimentam o biodigestor diariamente. "Ele será cuidado pela equipe técnica da UFRJ e operado por nossos alunos nas aulas de sustentabilidade ao longo do ano. Ou seja, os estudantes monitoram de perto todo o processo de produção de biogás, desde a coleta dos resíduos orgânicos até a produção final", conta Cardoso.


O professor e orientador educacional Alexandre Magno defende a importância da participação efetiva do aluno em cada etapa nessas ações.


"A gente usa instrumentos metodológicos para medir tudo o que estamos fazendo. Transformamos toda a prática feita na escola em dados. Tudo é voltado para a iniciação científica, porque só assim podemos replicar essas iniciativas em outras lugares", afirma.


Cursando a terceira série do ensino médio, a aluna Thainá Aciole faz parte do grupo de estudantes bolsistas de iniciação científica que são responsáveis pela apuração dos dados relacionados ao biodigestor e outros projetos na escola.


"Nós montamos relatórios para responder quanto foi produzido de gás e quanto foi gasto de matéria orgânica, por exemplo", explica Aciole, que vislumbra um caminho para a universidade através do projeto. "Eu sempre gostei de ciência, mas aqui fui aprendendo toda a metodologia das coisas, me envolvi desde o início, e mudou a minha vida."


A estudante repassou o que aprendeu na escola para a mãe, com quem mora, e passou a usar compostagem em casa. "Ainda plantamos uma horta de temperos."


Também no último ano do ensino médio, Mariana Rodrigues conta que já tinha o hábito de fazer o descarte correto do lixo em casa, mas foi a partir do envolvimento nas ações da escola que passou a mobilizar amigos e vizinhos.


"Me lembro de como tudo isso começou, foi tão simples. Estávamos eu e uns amigos caminhando no pátio quando o professor Alexandre Magno chamou a gente e deu uma luva para cada um catar lixo. A partir daí não parei mais", narra.


A jovem é um dos 500 alunos que estudam na unidade de ensino e estão incorporados a um ciclo sustentável desenvolvido na escola, que também é equipada com painéis solares, sistema de reuso de água, coleta seletiva de lixo, horta comunitária e composteira. No portão do colégio, um ecoponto convida toda a comunidade do entorno para o descarte adequado do lixo.





Desde 2022, o Ciep Mané Garrincha foi transformado em uma E-tec (Escola de Novas Tecnologias e Oportunidades) do Rio de Janeiro. A partir daquele ano, o colégio, voltado apenas a alunos do ensino médio, passou a construir um currículo com práticas sustentáveis e se tornou referência em sustentabilidade com a autossuficiência e produção de zero lixo.


"Agora fechamos o ciclo. Veja, temos aqui essa beterraba plantada em nosso solo com a produção do composto orgânico. Regamos essa beterraba com a água que é de reuso dos ares-condicionados, através de um modelo de irrigação em que usamos o biofertilizante", enumera Cardoso.


"A beterraba será colhida, vai para a nossa cozinha, alimenta nossos alunos e seus restos são utilizados no biodigestor, retornando ao início desse ciclo", orgulha-se.






bottom of page